Women & Economy
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A certeza de que a Economia só pode crescer se as mulheres “crescerem”.
Desde sempre percebi que estaria no grupo das mulheres que poderiam contribuir para uma reviravolta no mundo. Percebi nos últimos anos a reviravolta a começar. Fui preparada para ela. Olho ao meu lado e vejo muitas mulheres como eu, Ready Now!
Acho mesmo importante a reviravolta que aí vem, acho importante a aceleração que o tema Women & Economy vai trazer… mas pensar que o meu papel, e o de tantas mulheres a quem faço coaching, vai mudar porque a economia assim o determina, faz-me pensar: é interessante ser só por interesse.
Desde 2007 que acompanho a pesquisa Mckinsey’s Women Matter. Esta pesquisa tem “explorado o papel da mulher no global workplace, as suas experiências e impacto nos papéis como executivas seniores, bem como os ganhos na performance das empresas por motivo da diversidade de género.” Agora, sete anos depois, uma descoberta interessante: a economia pode crescer…e por onde?... ”How advancing Women’s equality can add $12 trillion to global growth?” E vem a resposta: pelo Power of Parity.
Ora vejamos. Parece que, de repente, alguém percebeu que a saída para o crescimento da economia poderia passar pelas mulheres – na verdade metade da população. Assim, há que trabalhar no sentido de garantir que possam atingir o seu potencial pleno, caso contrário teremos a economia global sem hipótese. E com este interesse a questão da desigualdade deixa de ser só um problema premente do ponto de vista moral e social e passa a um desafio crítico da economia. Interessante.
Vamos lá.
A minha opinião, e dos que estiveram à frente do WORLD ECONOMIC FORUM de Janeiro em Davos, é que ou arranjamos um acelerador ou isto irá muito devagarinho. Mesmo devagar devagarinho. Ao ritmo a que estamos a ir parece que, de acordo com o debate surgido no fórum, a questão da paridade de género nem em 2133 estará terminada. Número giraço este… há muitos atuários metidos :). E a grande pergunta que se impôs neste fórum foi: “Quais são as oportunidades que podem garantir um caminhar mais rápido na medida em que as exigências das workforces e da sociedade em geral assim o exigem”. Vamos pensar juntos nelas?
… Tantas as perguntas que me bailam na mente e tantas as possibilidades de respostas que, decidi faz anos, a melhor seria o meu coração comandar. Coração ao comando e coloquei-me nos últimos anos ao serviço de muitas mulheres que aqui, em Angola e noutros países da EU onde trabalho, podem fazer a diferença. Vão fazê-lo, vão aproveitar a vaga de “ser só por interesse” e tomar posições.
É interessante ser só por interesse.
Vamos lá pensar e fazer juntas(os).