Conhece muitos líderes que tenham o hábito de pedir ajuda? Que, consistentemente, mostrem apreço e gratidão às suas equipas? Que partilhem informação de forma clara e transparente? É uma dessas pessoas? Sabe que comportamentos constroem ou minam a sua resiliência e da sua equipa? Pergunta-se frequentemente o que é que pode fazer para levar “o seu navio a bom porto”? E se as perguntas que põe a si e aos outros, ajudam? Pois bem, talvez Coaching de Liderança seja o melhor sítio para começar. 

A par da disrupção e deste abanar de águas, a pandemia trouxe-me esta certeza do propósito e da importância do Coaching neste momento tão peculiar que vivemos. Não é novidade que o Coaching promove resultados de excelência e que, quase como sistema de navegação, parte do potencial intrínseco de cada um para chegar à alta performance. Agora, estamos perante um cenário em que, face ao nível de adversidades, o Coaching pode mesmo ser uma ferramenta organizacional necessária para a resiliência das organizações e de quem lá trabalha. 

É claro que é útil trabalhar com um Coach em qualquer altura. Os benefícios comprovados incluem melhorias na performance, na produtividade, e na comunicação. Aumenta o nível de compromisso e lealdade com a organização. Ajuda a desenvolver um clima de confiança, colaboração e responsabilização, entre muitos outros. Um dos primeiros estudos  que se propôs a quantificar o impacto organizacional do Coaching conduzido pela Manchester Consulting, Inc., inquiriu 100 executivos que completaram processos de coaching, em que o retorno do investimento inicial (ROI) foi de 5,7 vezes. 

Que organização não gostaria de ter estes resultados? Mas hoje, a questão com que muitas organizações se debatem diariamente é: que resultados precisamos ter para sobreviver à tempestade? E como é que conseguimos chegar a esses resultados com as nossas equipas exaustas e desmotivadas, sem recursos para responder às exigências pessoais e profissionais?

Acredito que  o Coaching Executivo se transformou por meio do contexto, numa necessidade de dar resposta aos desafios. Já não pertence à lista “nice to have”. Como quando estamos saudáveis e tomamos um multivitamínico para dar um boost porque os estudos e médicos dizem que sim. Em anos de Covid, quem tem níveis adequados de selénio, um nutriente importantíssimo, tem 5 vezes menos probabilidade de morrer de Covid. E portanto, assegurar que temos níveis adequados de selénio não é um luxo ou capricho, é uma decisão inteligente de quem quer andar por cá muitos e bons anos. Como o Coaching Executivo é um investimento na longevidade das organizações. Que sem resiliência dificilmente dão a volta. 

E porquê Coaching de Liderança? Porque a transformação nas organizações começa pelo topo. São os líderes que, consciente ou inconscientemente, modelam os comportamentos esperados e sinalizam o que é valorizado e o que é desencorajado. Se um líder nunca pede ajuda, que mensagem está a passar à sua equipa? Que pedir ajuda não é um comportamento aceitável. E, portanto, vai ter elementos das suas equipas em risco de burnout. Porque aceitar e oferecer ajuda são elementos fundamentais na construção da resiliência. 

Além do impacto ao nível da performance, o coaching trabalha vários atributos relacionados com a preparação para a mudança, ou seja, com a resiliência.

Porque aquilo que é prática comum nas organizações, em geral, não promove a resiliência. As crenças e suposições do que é ser-se capaz de enfrentar as ondas de uma tempestade moderna frequentemente atrapalham. 

Porque mais do nunca são necessárias conversas onde há espaço (seguro) para ventilar, para receber o que o outro traz com empatia, e daí iluminar rotas diferentes, recursos disponíveis, continuamente afirmando a capacidade e força para chegar lá, num questionamento que ao invés de desamparar, desbloqueia.

Porque é preciso aprender a enfrentar a realidade (por difícil que seja) com optimismo e esperança, colocando o foco e o esforço naquilo que está ao nosso alcance. 

Porque o Coaching acelera a transformação de mindset e comportamentos, o que atualmente pode significar que uma organização tem a capacidade de se adaptar ao contexto, e até beneficiar dele, através da inovação e criatividade.

Porque há estratégias científicas de promoção de resiliência, o que significa que não temos de ficar reféns de sorte, da lotaria genética ou de qualquer acaso, podemos e temos mesmo de praticar com o afinco de quem sabe que chega à meta quem treina mais e/ou melhor.